segunda-feira, 23 de abril de 2012

Apenas ouça...

   A música é uma forma de expressão, em um mundo onde muito se sente e pouco se expressa. Pode ser um hobby, já que muito trabalhamos e pouco desfrutamos. Ou pode mexer no fundo da alma, mostrando que ainda estamos vivos, sentindo o coração pulsar, a mente relembrar, nos levando a viver acompanhados de uma melodia que deixa marcas na nossa história, como um registro de nossas lembranças e sentimentos.
   Muito além de notas musicais, partituras ou instrumentos que produzem sons, a música está em tudo, ao nosso redor a todo instante, pode ser sentida no cair de uma folha, no canto dos pássaros, no barulho da chuva ou numa música que toca no rádio e mexe com nossos sentimentos. Acredito na música desta forma, como mostra no filme O Som do Coração (August Rush). E é dessa forma que transmito a música para o Nathan.
   Na minha vida, a música sempre esteve presente. Desde criança tive contato com instrumentos musicais na escola e desde então sempre apreciei música, ela me fascina! Uma boa música para mim é aquela que a letra me faz pensar e refletir, onde todos os sons me levam para longe, me fazem viajar. Adoro música, principalmente quando ela me envolve dessa forma.
   Acredito que todo esse envolvimento musical é fruto da minha infância, onde isso foi estimulado. Meus pais, junto com a escola, sempre me ofereceram oportunidades para que a música fizesse parte da minha vida de uma forma intensa . E por causa disso, até hoje é assim! Música me deixa feliz! Quando toco flauta me solto, me liberto daquilo que ainda me prende. Quando ouço as cordas do violão tenho vontade de cantar e viajar na música que estou cantando. E é dessa forma que a música me transforma numa pessoa melhor.
  Ainda na barriga, cantava e ouvia muitas músicas para o Nathan e desde que ele nasceu dançamos e escutamos diferentes ritmos, toco violão para ele e ofereço a ele instrumentos que fazem barulhos diversos para estimular seus sentidos, ritmo e tudo mais que possa desenvolver. Até confeccionei uns instrumentos em casa para ele brincar e sempre estou atenta a novas possibilidades de sons, sejam eles tambores com os potes da cozinha ou pratos com as tampas de panelas. Tudo pode ser tornar música, basta ter criatividade e imaginação!


   A nossa trilha sonora é variada. Quando bebê as músicas eram mais calminhas, como MPBaby e Isadora Canto. Depois veio a Galinha Pintadinha, Cocoricó, que ele também adora. Mas nunca me restringi somente à trilha sonora infantil. Na nossa playlist também tem Beatles, que o Nathan gosta de dançar, samba, MPB, forró da Banda Guaypeka (uma boa pedida de música em Floripa), Paula Fernandes, preferência nacional aqui em casa, e por aí vai...
    É no dia-a-dia em família que formamos nossos filhos. E no nosso a música está presente, não só nas caixas de som, mas na vivência. O violão é o grande companheiro do Nathan. Ele adora chegar em casa e dar umas batidas nas cordas, tocar uma música... Ou quando chega alguma visita vai mostrar suas habilidades. Se a mamãe está no computador, lá está ele fazendo suas composições e descobertas, intercalando entre o violão e a flauta. Tenho certeza que é uma forma dele se expressar, extravasar e se soltar. Outro instrumento é a maraca, que toca desde uns 6 meses e até hoje é do interesse dele.
   Oferecer oportunidades à criança é que faz ela se desenvolver. Não precisa ser músico ou grande conhecedor da área, um simples chocalho pode fazer a criança se abrir para um novo universo. Percussão corporal é uma ótima alternativa para desenvolver ritmo, coordenação, aproveitando para ensinar as partes do corpo. Tudo pode virar música, pois a música está em tudo e dentro de nós também!

 
    
   Recentemente começamos a participar de uma aula de musicalização. Inicialmente seria aula de natação, mas algo dentro de mim me levou a escolher a musicalização. Comecei a ponderar vários pontos e o principal era a convivência com outras crianças, a socialização em um ambiente lúdico, com atividades direcionadas. Várias vezes pensei se essa escolha seria pela minha afeição com a música. Em parte acredito que sim, mas por outro lado, essa certeza que tinha dentro de mim fazia parte daqueles sentimentos que as mães têm, aquela certeza de algo que precisa ser feito. E nesse momento, o que precisava ser feito era oferecer um espaço para o Nathan se socializar e se desenvolver mais.
    Desde a primeira aula tive certeza de que fiz a escolha certa. Primeiro porque ele se sentiu muito a vontade. Claro que no início ficou um pouco retraído, mas logo se soltou. Era um ambiente familiar, com brinquedos que faziam bastante barulho e o violão, que ele adora tocar em casa. Então logo foi no colo do Tio Nelson que tocava violão, sem exitar (um fato raro, pois quase não vai no colo de pessoas que não conhece). 

   Essa socialização foi além daquele momento. Pude perceber como ele ficou mais solto em outros locais, passou a interagir mais facilmente com as pessoas. Além disso, as novas sílabas pronunciadas certamente vêm das músicas cantadas na aula, que valorizam diferentes sons, repetição e ritmos. Poder observá-lo e vê-lo desenvolver esse novo conceito de grupo, interagindo com outras crianças, observando-as e aprendendo com elas é algo estimulante, que me deixa muito feliz. E a aula continua em casa, com o Nathan vindo até mim com seus chocalhos e pandeiro, pedindo para eu tocar com ele e dançando todas as músicas!
   A atividade de musicalização vai além de músicas infantis ou brincadeiras com crianças. Ela contribui com o processo de conhecimento, desenvolve a sensibilidade, criatividade, ritmo, concentração, estimula a audição, entre outros, como o estudo sobre A música como meio de desenvolvera inteligência e a integração do ser relata.
   Então vamos estimular nossos filhos a vivenciarem a música em suas vidas, oferecendo atividades no dia-a-dia, eventos musicais e brincadeiras criativas que envolvem a música.
   Uma boa indicação de música infantil em Florianópolis é o grupo Tac Tic Tum, que se formou atendendo aos pedidos de pais, que queriam ver as músicas e histórias cantadas ecoando além das salas de aula, para que outras pessoas pudessem se encantar, entrar no ritmo e cantar junto com este grupo tão talentoso. É dessa forma descontraída que o grupo vem ganhando espaço na cidade, conquistando cada vez mais pais, filhos, jovens e  bebês com sua originalidade, seus personagens simpáticos e sua alegria. Festas, eventos, encontros culturais são alguns dos lugares onde podemos encontrar essa gente bonita que transforma tudo em música e faz todo mundo fazer música em seus shows. Destacando aqui Tia Rosamon, no vocal e Tio Nelson no violão, que além das atividades com o grupo são professores de música. Parabéns pelo trabalho e sucesso!

   Para finalizar, uma música que compus para o Nathan quando ainda estava na barriga.


Um lindo guerreiro nasceu
Nathan presente de Deus
Com olhos de águia a olhar
O mundo a conquistar

Um pequeno aprendiz
Que quer ser feliz
Veio ensinar a amar
Com seu doce jeito de olhar

Parapa parapa parapa pa

Quero te ver sorrir
Seu sorriso alegre me faz
Com você me sinto em paz

Parapa parapa parapa pa

.....


terça-feira, 17 de abril de 2012

Escorregando além de seus limites

   Hoje eu e o Nathan fomos ao parque e lá o espaço se tornou pequeno para tanto aprendizado ou será que este se ampliou devido a tantas descobertas? Enfim, o momento foi mágico, excitante e até meio tenso, pois quando os filhos tentam ir além do que estamos acostumados ficamos na zona do desconforto, entre a felicidade das novas descobertas e o medo dos acidentes sempre presentes na vida de uma criança.
   O tempo foi curto, mas eterno, altamente significativo para nós. Coisas simples que marcam, como palavras grifadas em um texto. Estar com os filhos é assim, quando você tem olhos para ver, enxerga “palavras” destacadas a todo momento.


   E hoje não foi diferente. Depois de um início de dia cansativo fomos brincar no parque e lá, mais uma vez pude refletir sobre o universo de uma criança... Pela primeira vez o Nathan foi em todos os escorregadores sozinho. Até então eu dava uma ajudinha, pois ele perdia o equilíbrio e caía com a cabeça para trás. Além disso, tinha um pouco de receio em deixá-lo andar por aquelas casinhas, que tem a ponte pencil, os escorregadores e os outros brinquedos. Sempre achava que ele ia sair correndo e acabar caindo por algum buraco ou que eu não ia conseguir segurá-lo nos escorregadores. E hoje, tudo foi diferente. Ele começou indo em um escorregador tipo tobogã, com a minha ajuda e logo que desceu quis subir. Eu, um pouco tensa, fui superando minhas inseguranças e medos e fui ensinando-o como subir se agarrando nas laterais do escorregador. Lá em cima outro aprendizado: aprender a sentar antes de começar a escorregar, senão dava tudo errado e ele descia batendo a cabeça.
   Na primeira vez que escorregou o sorriso não cabia no rosto, ele dava gargalhada de felicidade. Mesmo dando umas cabeçadas ele quis ir mais e mais vezes. Era visível sua felicidade pela nova conquista, pelo novo obstáculo vencido. A cada descida ia aperfeiçoando e se fortalecendo e logo já tentava novas formas de descer e subir. E não foi diferente nos outros escorregadores. Descia por um, subia por outro. Corria feliz em cima da casinha, desfrutando da liberdade que adquiria, apreciando a paisagem por outro ângulo, adquirindo auto-confiança a cada passo e tendo a certeza dentro de si de que “eu consigo!”. 


   Isso tudo parece muito simples, um passeio no parque numa tarde comum. Mas certas atitudes e conquistas tornam-se marcos na vida de uma mãe e de um filho nesses “momentos comuns”. A confiança que ele terá em sua vida começa na certeza de que vai conseguir subir o escorregador para escorregar sozinho, porque ouviu sua mãe sussurrar no ouvido “você consegue!”, “eu te ajudo a subir”, “você pode fazer dessa forma para chegar lá”. Ou porque teve a oportunidade de perceber que suas pernas estão mais fortes e agora consegue ir além do que ia antes. Percepção essa que perdemos ao longo da nossa jornada, pois muitas vezes paramos onde estamos e essa parada, ao invés de ser passageira, torna-se definitiva e acaba sendo uma forma limitada de viver.


   Ao ver meu filho no parque hoje, superando seus limites, se desenvolvendo fisicamente e extravasando sua felicidade em cada passo que dava pensei nas minhas limitações... O que são elas senão passos que se estacionaram ao longo da minha vida? O que está atrofiado pelo o que ouvi e vi em todos esses anos? Questões profundas que me fazem escrever esse texto e refletir... Questões que também se relacionam com a felicidade. Será? Afinal sou uma pessoa feliz. Claro que sou, não tenho dúvida disso, mas também não tenho dúvida de que cada passo que der além daquilo que sou me fará mais feliz, tão feliz quanto uma criança que brinca emoldurada por uma linda paisagem, iluminada pelos raios do sol, que desfruta da liberdade que há em seu íntimo, ainda preservada, ainda intacta. Liberdade que eu desejo ter e que ao olhar para meu filho me inspiro a buscá-la, resgatá-la, pois um dia existiu, isso tenho certeza. 

   Cada passo de uma vez, sem parar, passo a passo. Passos que não param, que vão para frente e sempre buscam. Caminho longo, sem fim por vezes parece. Mas o fim é quando acabam os passos. Ou os passam acabam quando o caminho termina. Caminhar sempre, nunca parar, continuar nas curvas, mesmo que estas pareçam o fim. O fim, você saberá quando chegar. O caminho ficará estreito demais ou seus passos se tornarão pesados e lentos. Caminhar sempre, indo para frente, jamais para trás.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Uma Páscoa divertida e bem-humorada

   Nesta Páscoa decidi fazer alguma atividade relacionada a ocasião com o Nathan. Acho importante envolver a criança, explicar e incluí-la nestas festividades, mesmo que ainda não compreenda totalmente.
   Então resolvi pintar casquinhas com o Nathan para presentear as pessoas. Passei o mês guardando as casquinhas de ovo, comprei papéis de seda e, um belo dia, preparei tudo para fazer. Claro que na minha imaginação ele ia molhar os papéis, colocar nas casquinhas, tudo lindo e perfeito (quanta ilusão!). Foi um pouquinho diferente... Separei os papéis cortados cada um em um potinho e outro recipiente com água. O Nathan adorou colocar os papéis no pote de água e enquanto isso eu acelerava meu trabalho de pegar esses papéis e colar nas casquinhas. Depois mostrei para ele como fazer essa outra parte, mas o que ele quis fazer foi tirar os papéis que já estavam grudados na casquinha. Que engraçado, ele tirando e eu colocando os papéis de volta!
   Depois pegou a casquinha, colocou no pote dos papéis, se divertiu com o pote de água... E se divertiu tanto que foi água para todos os lados, no chão, na mesa, na roupa... Após toda essa bagunça, já quis fazer outra coisa, pois provavelmente já tinha feito suas descobertas sobre casquinhas, papéis e água. E nós adultos sempre queremos ver o óbvio, nesse caso colar papéis nas casquinhas. Mas as crianças sempre vão além, nos surpreendem e mostram que sempre pode ser feito de um jeito diferente. Uma chuva de papéis picados ou uma limpeza profunda da mesa com a água do pote ou qualquer outra coisa que a imaginação permitir!
   Outra diversão desta Páscoa foi o coelho e as cenouras. Quando comprei os papéis de seda, vi uns coelhos de EVA e algumas cenouras de TNT. Resolvi levar para decorar a casa. A Páscoa já se aproximava e os enfeites ainda estavam na sacola. Já estava ficando frustrada, pois não tinha encontrado um lugar legal para colocá-los. Até que olhei para um pedacinho de parede ao lado da porta de correr e decidi colar o coelho ali, na altura do Nathan. E as cenouras? Pensei que elas podiam estar em movimento para ele brincar, então pendurei com um cordão na maçaneta da porta. Nunca imaginei que seria tão divertido! O Nathan adorou o coelho, fica fazendo carinho, dando beijo e as cenouras são a comidinha. Eu digo para ele dar comida para o coelho, ele pega a cenoura e coloca na boca dele, bem bonitinho.
   E a parte bem humorada do título são as casquinhas que fiz para ele! Já que as que nós pintamos estavam nas cestinhas de presentes, resolvi fazer outro tipo de pintura com canetinhas, um pouco mais atrativas, cheias de caras e bocas. Fiz duas casquinhas divertidas, que foram quebradas no dia seguinte com a maior naturalidade. Uma porque o Nathan quis ver o que era, pegou da cestinha e jogou no chão e a outra ele tinha colocado no sofá com toda a delicadeza, já que viu que elas quebravam, mas ela escorregou e caiu no chão também! Então a lembrança são as fotos!


   Idéias simples que fazem as ocasiões serem mais divertidas. Idéias divertidas que fazem as ocasiões serem mais simples, sem tanto consumismo e com mais alegria!
   E essa foi a nossa Páscoa!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A constante inconstância

   Na nossa vida, uma das coisas que nos traz segurança é a  certeza de nossos atos, uma rotina relativamente estruturada, mesmo para aqueles que dizem não gostar de rotinas e nem ter rotinas. Um dia-a-dia mais ou menos igual, com pontos onde podemos nos apoiar, caso alguns imprevistos aconteçam ou algumas pedras rolem ao longo caminho.
   A constância de nossos dias nos traz segurança, na verdade uma falsa segurança, pois nessa vida nada é certo, nada está totalmente sob nosso controle, pois basta estar vivo para morrer, basta ter dinheiro para perdê-lo ou ter saúde para se descobrir uma doença. Enfim, nossa vida é uma caixinha de surpresas, onde cada dia temos que descobrir algo, nos surpeender com alguma situação e nos deparar com algo que não havíamos nos programada.
   Bem, sempre gostei e ainda gosto dessa falsa segurança que acho que tenho, planejar o dia é algo que me deixa tranquila, pois consigo imaginar e organizar atividades que pretendo desenvolver. Mas, há mais ou menos 18 meses esse planejamento mudou um pouco, pois muitas e muitas vezes ele não é executado. Um filho torna qualquer dia diferente do que se planeja, qualquer organização diferente do que se imagina ou qualquer atividade sem tempo definido.
   Esse é o caos maravilhoso que acontece em nossas vidas quando nos tornamos mães. Muitas vezes fico de cabelo em pé, pois tudo que planejei fazer não consegui, as coisas se acumularam e acabei ficando de mau humor. Mau humor, como assim? É, isso também faz parte de ser mãe. Às vezes parece até uma TPM, mas analisando melhor pode ser traduzido em falta de sono, falta de tempo, esgotamento ou tudo junto. Os fatores para tudo isso acontecer? Bem, são muitos! Pode ser cólica, sono, dente nascendo, frio, calor, fome, salto do desenvolvimento, pico de crescimento, quero colo, não sei o que quero, dormi pouco, quero atenção, estou irritado sei lá com o que, tô a mil hoje, tentei falar e você não me entendeu, chorei e você também não me entendeu, acordei no meio do sono sei lá porque, estou cansado, fiquei superestimulado e agora não consigo me acalmar, não sei mamar direito ainda, acabei de chegar nesse mundo e é uma loucura, no útero era bem melhor, estou aprendendo muita coisa ao mesmo tempo.
   Diante de todos esses fatores e muitos outros que às vezes nem sabemos quais são, é difícil planejar algo. Mas, como sou insistente, continuo tentando me programar. Muitas vezes dá certo e muitas vezes não. Convivo constantemente com a frustração por não ter conseguido fazer aquilo que gostaria, ansiedade por ter um monte de coisas para fazer e pouco tempo e alegria por muitas vezes ter conseguido fazer as coisas como gostaria. O meu grande aprendizado tem sido estar feliz independente das circunstâncias, ficar alegre mesmo que nada do que planejei tenha acontecdido e ter a certeza de que coisas melhores acontecerão, pois o melhor sempre está além do que planejamos.
   Ser mãe é uma infinidade de sentimentos, todos juntos dentro de mim e estes se intercalam constantemente. O grande desafio é não se moldar a eles e viver nessa montanha-russa sentimental, mas manter uma constância no meio dessa inconstância de sentimentos, continuar seguindo com a inconstância de uma criança em desenvolvimento que hora dorme bem, ora dorme mal, ora come, ora não quer comer e por aí vai...
   Fiquei pensando numa imagem, algo que caracterize tudo isso e lembrei do bambu. Penso que devemos ser como o bambu, leve, solto, que se volta para cima, mas sempre se mantém flexível e vai crescendo moldável ao som do vento, o qual mostra a direção.