Desde que
começamos a incrível missão de educar nosso filho, buscamos incluí-lo nas
atividades da casa e ensiná-lo como isso pode ser bom e divertido ao invés de
um fardo ou algo chato de ser feito. Então, desde pequeno ele nos ajuda a
colocar as roupas para lavar, a cozinhar, fazer sucos deliciosos, lavar a
louça, aspirar a casa e outras coisas que demonstra ter interesse. Nunca o
forçamos a nada, acreditamos que este não é o caminho, mas sempre o convidamos para fazermos as tarefas juntos e
muitas delas ele faz com grande alegria (ler Minha querida escada)
Recentemente queríamos
lhe ensinar um novo hábito, o de colocar as roupas sujas no cesto, pois muitas
vezes as roupas ficavam jogadas no banheiro depois do banho. Certo dia, meu
marido conversou com ele e explicou que deveria colocar suas roupas no cesto,
que era importante, que seria um trabalho em equipe, cada um fazendo a sua
parte e deu todos os argumentos lógicos para isso. Ele simplesmente disse que não
queria e que não gostava de colocar a roupa no cesto. A conversa terminou por
ali, sem muitas possibilidades de seguir em frente. Eu estava na sala escutando
tudo e percebi que aquilo não ia dar certo, que meu marido só ia se estressar
tentando convencer o Nathan e que ele ia insistir em não colocar as roupas no
cesto.
Bem, fiquei
pensando a respeito, tentando encontrar uma forma de resolver a situação e
conseguir ensinar este novo hábito ao meu filho. No meio dessa “atividade
pensante” surge uma ideia: e se inventássemos uma corrida, talvez a corrida do
cesto para ele sair correndo com a roupa e colocar no cesto? Talvez dê certo! Como
o Nathan esta numa fase muita ativa, tudo para ele é movimento e ação, pensei
que seria uma boa ideia, já que tudo ele faz correndo, pulando, inventa
inúmeras brincadeiras desse tipo a cada dia e adora uma corrida com obstáculos.
No dia seguinte
contei para ele que havia uma nova corrida chamada “corrida do cesto”. Ele
tinha que pegar a roupa suja, sair correndo até o cesto e a gente ia ver quem
chegava primeiro. No mesmo instante ele saiu correndo pela casa até o cesto
empolgadíssimo e comemorou sua vitória ao chegar primeiro no cesto com suas
roupas. Logo quis mais roupas. Encontrei mais algumas dele, depois da sua irmã
e depois nossas roupas. Cada roupa que ele encontra para levar no cesto é uma
alegria, principalmente porque ele diz ser muito rápido, sempre chega primeiro!
Depois dessa
corrida surgiram outras, como a “corrida do balde”, onde ele coloca as roupas
que precisam ficar de molho. Também tem a “corrida do lixo”, onde ele coloca as
fraldas da irmã e alguns outros lixos que aparecem pela casa. E a última é a “corrida
da luz”, que acontece quando ele vai dormir e, após historia, sai correndo da sua cama para apagar
a luz do quarto.
Um novo hábito
existe no meu filho e uma boa lição para nós, de que tudo pode ser ensinado de
forma lúdica e divertida. Uma ideia simples pode fazer uma grande transformação
naquilo que estamos tentando ensinar e em como as crianças irão aprender. Nem sempre
essas ideias surgem ao longo dos obstáculos que encontramos na educação dos
filhos, mas o esforço compensa, pois viver em “pé de guerra” ou estressado para
que eles aprendam as lições não vale a pena, não vale a vida. Nossos dias têm
sido mais divertidos e ele sempre pergunta se tem corrida do cesto.
Minha mente
criativa tem várias ideias, mas algumas são extraordinárias, como essa. Nessas
horas percebo que há algo além de mim que me conduz, são as ideias que vem do
céu e essas são espetaculares e já causaram inúmeras mudanças na nossa casa.
Estar aberto a essas inspirações torna a vida incrível e a criação dos filhos
menos difícil e mais divertida. Vale a pena!
"A cada pôr do sol um
novo horizonte
A cada amanhecer uma nova inspiração
A cada sorriso uma nova alegria
A todo instante uma nova emoção".