quarta-feira, 9 de maio de 2012

Por caminhos mais belos


   A natureza é algo incrível, uma grande criação divina, existente ao nosso redor há tanto tempo e com uma riqueza de detalhes inesgotável. Sempre que a observo vejo um movimento diferente nas folhas, uma cor antes não vista, flores com formatos exuberantes e tudo isso compondo uma paisagem que nunca cansa os olhos. 
   A natureza é assim, sempre igual, mas sempre diferente, na dança das árvores ou numa paisagem estática,  com cores vibrantes iluminadas pelo sol  ou com gotas de chuva. Ao estar perto dela me sinto viva, o ar que entra nos meus pulmões é mais puro. Como diz Fernando Pessoa: “Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido”. Meus olhos tentam fotografar cada detalhe que vejo, tamanha é a beleza na minha frente, meus ouvidos ficam atentos aos ruídos inesperados que só encontro lá, no meio dos verdes e dos animais.

 Passear com o Nathan em locais assim me faz sair deste mundo. É nessas horas que tento mostrar para ele a beleza das coisas simples. E aos pouco ele vai aprendendo a apreciar e reconhecer que a simplicidade tem grande valor. Quando os passarinhos cantam e voam ele coloca o dedinho perto da boca, olha pra cima e fala “ó”, me chamando atenção para o que está acontecendo. Ou quando eles estão no chão, o Nathan corre atrás deles buscando uma companhia a mais para seu passeio. A lua no céu não passa despercebida, assim como a grama nos seus pés e as pedrinhas que entram na sandália quando vai ao parque.


   Uma boa explicação para essa relação da criança com a natureza é a citação de Maria Montessori: “A criança tem uma relação com o meio ambiente diferente da nossa. Os adultos admiram seu meio ambiente; são capazes de se lembrar dele e pensar nele; mas a criança o absorve. As coisas que ela vê não são apenas lembranças; elas formam parte de sua alma. Elas incorporam todo o mundo que seus olhos veem e que seus ouvidos escutam. Em nós, as mesmas coisas não produzem mudanças, mas a criança é transformada por elas”.
   A natureza é assim, quando estamos perto dela ela deseja entrar na nossa vida e caminhar junto, sem ser invasiva ou intrometida, apenas pede licença para entrar e deixar nossa caminhada mais bela. Acredito que mostrar toda essa beleza para uma criança a faz viver plenamente e valorizar aquilo que realmente importa, as coisas simples. E atualmente, as vitrines de lojas e os desenhos na TV tornam aquilo que é simples insignificante, pois o mundo nos leva ao exagero, a grandes estímulos, acontecimentos extraordinários, cores fortes, barulhos estridentes e imagens irreais. E quando não colocamos cada coisa em seu lugar, os valores se perdem, o olhar só foca naquilo que chama atenção e os ouvidos só ouvem os gritos.

   Levar as crianças em locais ao ar livre é um grande estímulo para seu desenvolvimento. O aprendizado é infinito e vai além do que conseguimos perceber. Parque, praia, trilha, cachoeira, zoológico, piquenique fará uma criança ficar ainda mais viva. Na natureza pode-se aprender sobre espécies de árvores, estações do ano, nome de animais, cores, sensações de quente e frio, mole e duro, seco e molhado, frio e calor e muito mais.


   Uma experiência incrível que gasta as energias acumuladas, acalma, nos faz apreciar o que é realmente belo e ver os espetáculos da criação de Deus em cada movimento, cor e forma. Vale a pena! Experimente! Viva e seja feliz!
    "A natureza é sábia e justa. O vento sacode as árvores, move os galhos, para que todas as folhas tenham o seu momento de ver o sol."  (Humberto de Campos)

  

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