Toda a mãe
sabe a grandeza do amor e também do cansaço que compõe o dia-a-dia do cuidado
com os filhos. Lidar com isso e viver, ao invés de sobreviver, é uma arte que
nem todo mundo tira de letra. Às vezes o cansaço toma conta, a pilha acaba, os
nervos ficam a flor da pele e parece que tudo vai sair do controle e muitas
vezes sai.
Estive
pensando a respeito e refletindo sobre a durabilidade das minhas pilhas e
descobri que na verdade não é o somente o fato de ser mãe que me esgota certos
dias, mas o somatório de preocupações e pressões que vivo no meio deste mundo
tão maluco. Questões que ficam martelando na mente sem soluções imediatas,
questões que exigem mudanças dentro de mim e questões que nem existem, que apenas
fazem parte da minha imaginação.
As
preocupações não param ou às vezes elas nos fazem parar de tanta pressão na
cabeça. E foi numa dessas paradas que aproveitei para pensar e buscar soluções
para obter maior equilíbrio e aprender a trocar as pilhas com mais frequência.
Percebi que
no mundo que vivemos nada pára, mas para que possamos manter uma sanidade
mental, um equilíbrio emocional é necessário colocar um freio e parar. Mas como
parar se nada ao meu redor para? Se tenho que continuar cuidando do filho, da
casa, trabalhando, dando atenção ao marido, saindo com os amigos, etc?
Pensando
nisso, descobri que essa parada para trocar a pilha pode se resumir a pequenos
momentos em que podemos nos abrir para reabastecer nossa alma, revigorar as
forças e resgatar todos os sentimentos que parecem ter se esgotado.
E como fazer
isso? Bem, é necessário descobrir o que faz você relaxar, se renovar e se
sentir com a pilha carregada novamente. Uma volta na praia, um programa
diferente que quebre a rotina, apreciar o pôr-do-sol, olhar as vitrines das
lojas, sair para conversar com amigos, escutar uma música que traz boas
lembranças, ler algo que te inspire, ficar fora um tempo longe de tudo e de
todos...
Essa renovação
não para em mim, ela se estende a quem está ao meu redor, que sente minhas
angústias e preocupações e também meu amor e alegria. E é nisso que tenho
pensado e que tem me feito prestar mais atenção em mim e nos meus limites. O
quanto parar é necessário e como isso traz benefícios para minha família.
Recentemente
fizemos um passeio especial de Dia das Mães, onde apreciei paisagens lindas com
meu filho e meu marido. E lá, naquele lugar maravilhoso, longe de tudo e perto
da natureza renovei o amor pelo meu filho e passei a apreciá-lo com mais amor,
observar suas necessidades com mais atenção e não tanto como funções a serem
executadas. Resgatei a simplicidade de um momento em família cheio de amor. Um
passeio lindo que me trouxe paz e um novo olhar para meu dia-a-dia. Relembrar
do momento faz manter vivo todos esses sentimentos e atitudes dentro de mim. E
isso me inspira a pensar coisas novas, curtir ainda mais os momentos com o
Nathan, inovar nas atividades e passeios que faço com ele, tendo ideias criativas
para cada coisa que fazemos.
Enfim,
trocar a pilha me faz viver melhor. Me ajuda a continuar seguindo com minhas
atividades, executando-as com amor e alegria.
O grande
desafio dessa vida é perceber quando a pilha está acabando e ter a certeza de
que é mais vantajoso parar alguns minutos para trocá-la e depois continuar
correndo a todo vapor, do que continuar com a pilha fraca e ela te obrigar a
parar a corrida.
"Na
corrida da vida, o importante é como percorremos o caminho,
não se chegamos em
primeiro".
(Eric Klain)
Lindo vida...e verdadeiro!!! Tenho que descobrir o que recarrega minha pilha e tomar a atitude de ir recarregar =) super beijo e ótimo findi pra vocês!!!
ResponderExcluirWanessa