O tempo passou e com ele muitas
emoções. Setembro se foi, com intensidade e felicidade na mesma medida.
Acontecimentos a cada dia, sentimentos, recordações... Setembro foi emocionante
e terminou com uma festa, minha e do Nathan, para comemorar nossos aniversários.
A nossa Festa da Banda!
Três anos dedicados a ele e agora
nele, de forma muito espontânea, vejo os frutos dessa dedicação. Continua
gostando de música como ninguém, mas agora canta suas preferidas. Surpreende-me
quando vai sozinho com quem mal conhece e conta seus “causos”. Passou os “terríveis
dois anos”com comportamentos um pouco inconstantes e chegou aos três com
segurança, desenvoltura e amor. Muita paciência dos pais e inúmeras tentativas
da mãe de contar carneirinhos sempre que ficava irritada.
Em setembro seus nados não foram
mais ao lado da mamãe e sim, acompanhados de novos colegas da natação. Com
segurança e determinação pulou sozinho na piscina e adaptou-se muito bem a este
novo momento. E eu, passei de nadadora a espectadora, feliz com minha nova
atividade: observar a aula e vibrar com seus aprendizados pela janelinha.
Três anos passaram e com eles,
grandes conquistas... Nathan andou, falou e voltou-se para o mundo ao seu
redor. A cada ano uma grande conquista. Agora não olha mais só para si, mas
também para quem está ao seu lado. A imaginação e as histórias são os carros chefes
das brincadeiras. Sua ilimitada visão de criança transforma qualquer objeto e
cria diferentes histórias a cada dia. Tudo é real, tudo é imaginário, tudo se
mistura e tudo é uma coisa só. O mundo da criança é só dela, mas quando nos
permitimos entrar é possível ver a riqueza e a beleza deste mundo, tão cheio de
ideias, tão colorido e inovador. Tudo pode, por que não? Eu dou corda para cada
história que ele me conta e “viajo” junto. Acredito que é assim que se estimula
a imaginação de uma criança. Sempre espero ele me dizer o que significa um
objeto ou brinquedo, pois para mim certas coisas são óbvias, mas para ele não.
Diante de todas essas vitórias
precisávamos comemorar. Uma dupla comemoração! E a festa, atendendo aos pedidos
do Nathan seria de banda, da nossa banda. Mas como caracterizar uma festa de
banda? De tanto me questionar as ideias foram surgindo. A primeira foi o
convite, que se transformou em um cd da nossa banda, com algumas músicas que
nós tocamos e cantamos e outras que escutamos em nossa casa. Um convite
interativo para as pessoas entrarem no “clima” da festa. Um pequeno ensaio
fotográfico num parque da cidade, acompanhado de nossos instrumentos e de nossa
amiga fotógrafa Clara Fernandes resultaram em fotos lindas, que posteriormente
decoraram a festa. Discos de vinil com fotos nossas, foram o painel decorativo
da festa junto com a paisagem das janelas. Os detalhes foram tomando forma ao
longo das semanas.
As garrafinhas de leite de coco que utilizei para cozinhar
ficaram lindas com pedrinhas coloridas e fotos da nossa banda.
E as comidas, muito caseiras e
sem lactose, para eu poder comer. Passei o mês testando receitas e aprimorando
meus dotes culinários. Como resultado final, tivemos brigadeiro de colher,
tortas saborosas, bolachas de coração decoradas e um bolo de mel, com recheio e
cobertura de brigadeiro feito com leite de coco. Uma verdadeira obra de arte
que nem eu acreditei que consegui fazer. Comidinhas saborosas feitas por mim,
pelo maridão e pela minha mãe.
Para o Nathan, não bastava ter a
festa de banda, ele tinha que tocar no palco. Então montei o nosso palco, com
TNT vermelho no chão, três cadeiras e três microfones, para mim, para ele e
para nosso amigo Timóteo que cantou na festa.
O show foi um sucesso, as
crianças cantaram, os adultos se divertiram e o Nathan, no final da festa, subiu no palco como queria e fez um show com
seu violão! Agitou a plateia e fez todo mundo cantar o “na na na” da música “Hey
Jude”, dos Beatles.
Uma festa especial, saborosa,
alegre, cheia de vida e amor, pois em tudo tinha um pouco de nós e muito amor
em cada detalhe!
“Mas te vejo e sinto
O brilho desse olhar que me acalma
Me traz força pra encarar tudo
Mas te vejo e sinto
O brilho desse olhar que me acalma
Me traz força pra encarar tudo
O amor é maior que tudo, do que todos, até a dor”
Me traz força pra encarar tudo
Mas te vejo e sinto
O brilho desse olhar que me acalma
Me traz força pra encarar tudo
O amor é maior que tudo, do que todos, até a dor”
(Dia Especial - Pouca Vogal)
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