quinta-feira, 18 de julho de 2013

Com quase 3, mas com ainda 2!



   A vida segue... Cada dia um novo dia, cada amanhecer uma possibilidade de fazer algo novo e melhor. Meus dias são assim, uns melhores outros piores, mas todos felizes, pois faço minhas escolhas com o coração e tenho em casa um presente de infinito valor, que me mostra a cada dia o amor de forma palpável, através de um “te amo” com os braços abertos dizendo “um montão assim”. 

   Com quase 3, mas com ainda 2! Vivendo a inconstância dos dois, me ensinando a desenvolver habilidades diárias para trocar sua roupa com mais rapidez, sem que ele fique correndo pelado pela casa por horas ou faça um escândalo. Desenvolvendo ideias criativas para convencê-lo a escovar os dentes todas as vezes necessárias e criando inúmeros argumentos para que permaneça de meia e casaco no inverno.
   Divertindo-me com o falante de quase três. O vocabulário aumenta a cada dia, bem como sua compreensão a respeito de tudo e sua capacidade de contar o que acontece em seu dia para alguém no telefone, para o papai que chega do trabalho... E as frases começam assim: “olha só, vou te contar uma coisa...”, “tive uma ideia”. As conjugações verbais e as palavras no plural me divertem a cada dia: do verbo pedir, “eu pédo”, do verbo ir, “eu foi”, "minha meias", "minha cuecas"... Sem contar o papagaio, que repete tudo que escuta, portanto palavrões por aqui só em casos extremos.
   Nessa jornada de 2 para 3 muito se aprende, muito se cansa e muito se espera que os 3 chegue logo. Acho que os dois anos deveriam terminar em seis meses, mas penso que em doze meses tenho mais tempo de desenvolver paciência e habilidades que nem sei de onde surgem, pois cuidar de uma criança nessa idade é como fazer malabarismo, ninguém sabe como tantos objetos ficam no ar ao mesmo tempo!


   Com dois aprendeu a ter a língua solta e falar ao ponto de outras pessoas, além de mim, entenderem. Soltou-se nas brincadeiras, aprendeu a nadar. Continua tocando inúmeros instrumentos o dia inteiro, mas agora pega o seu banquinho ou microfone e faz um show ao vivo onde estamos. Com dois ganhou quarto novo, cama grande, grade e cabana que tem pia para lavar a louça. Agora, além de fazer o suco conosco, tempera o frango, ajuda a lavar as frutas, faz bolo e pão... Passou a dividir seu espaço com uma nova integrante, a gata Lola, que trouxe alegria para seus dias, brincadeiras novas e muitas corridas e risadas pela casa.


   Com quase três volta-se para o mundo ao seu redor. Quer encontrar as “quianças” no parque. Corre atrás dos mais velhos, que lhe dão atenção e são fonte de grandes aprendizados. Quer estudar e senta ao meu lado na mesa com seu caderno e lápis. Fez uma amiga na natação e espera ansiosamente para encontrá-la e correr ao seu lado após a aula. Com quase três, quer sair sozinho, ir lá fora sozinho, dormir sozinho, nadar sozinho. Quase tudo ainda faz conosco, mas seu desejo é esse e conquista sua independência a cada dia, com auto confiança, novas capacidades e segurança.

   São quase três, ainda três, tão rápido chega-se ao três. Assim é o crescer de uma criança, intenso, rápido e demorado. Tudo junto, numa imensidão de emoções e alegrias. Sentimentos que chegam com a maternidade e pulsam dentro de mim, especialmente nos meses que antecedem seu aniversário. Este só chega em setembro, mas a retrospectiva começa alguns meses antes, quando começo a pensar na festinha e olho para o caminho que percorremos. O quanto de mim ainda existe, o quanto de mim se transformou. Continuo sendo eu, mas não a mesma. Mãe de um menino de quase três, que quando chamam de bebê acho estranho. Mãe cansada, mãe aflita, que se derrete ao vê-lo chegar perto quando eu e meu marido nos abraçamos e diz nos abraçando: “nossa família, papai, mamãe, Nathan e a Lola (a gata)”.
   Coisa linda de se ver. Filho lindo que posso ver crescer. Convicção aumenta a cada dia, quando vejo este botão se transformando em flor. Amor cresce e transparece quando ganho abraços e beijos inesperados. Já são dois, quase três. E que venham mais!!!
 

  

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