A vida segue... Cada dia um novo dia, cada amanhecer uma
possibilidade de fazer algo novo e melhor. Meus dias são assim, uns melhores
outros piores, mas todos felizes, pois faço minhas escolhas com o coração e
tenho em casa um presente de infinito valor, que me mostra a cada dia o amor de
forma palpável, através de um “te amo” com os braços abertos dizendo “um montão
assim”.
Com quase 3, mas com ainda 2! Vivendo a inconstância dos
dois, me ensinando a desenvolver habilidades diárias para trocar sua roupa com
mais rapidez, sem que ele fique correndo pelado pela casa por horas ou faça um
escândalo. Desenvolvendo ideias criativas para convencê-lo a escovar os dentes
todas as vezes necessárias e criando inúmeros argumentos para que permaneça de
meia e casaco no inverno.
Divertindo-me com o falante de quase três. O vocabulário
aumenta a cada dia, bem como sua compreensão a respeito de tudo e sua
capacidade de contar o que acontece em seu dia para alguém no telefone, para o
papai que chega do trabalho... E as frases começam assim: “olha só, vou te
contar uma coisa...”, “tive uma ideia”. As conjugações verbais e as palavras no
plural me divertem a cada dia: do verbo pedir, “eu pédo”, do verbo ir, “eu foi”,
"minha meias", "minha cuecas"... Sem contar o papagaio, que repete tudo que escuta,
portanto palavrões por aqui só em casos extremos.
Nessa jornada de 2 para 3 muito se aprende, muito se cansa e
muito se espera que os 3 chegue logo. Acho que os dois anos deveriam terminar
em seis meses, mas penso que em doze meses tenho mais tempo de desenvolver
paciência e habilidades que nem sei de onde surgem, pois cuidar de uma criança
nessa idade é como fazer malabarismo, ninguém sabe como tantos objetos ficam no
ar ao mesmo tempo!


São quase três, ainda três, tão rápido chega-se ao três.
Assim é o crescer de uma criança, intenso, rápido e demorado. Tudo junto, numa
imensidão de emoções e alegrias. Sentimentos que chegam com a maternidade e
pulsam dentro de mim, especialmente nos meses que antecedem seu aniversário.
Este só chega em setembro, mas a retrospectiva começa alguns meses antes,
quando começo a pensar na festinha e olho para o caminho que percorremos. O
quanto de mim ainda existe, o quanto de mim se transformou. Continuo sendo eu,
mas não a mesma. Mãe de um menino de quase três, que quando chamam de bebê acho
estranho. Mãe cansada, mãe aflita, que se derrete ao vê-lo chegar perto quando
eu e meu marido nos abraçamos e diz nos abraçando: “nossa família, papai, mamãe,
Nathan e a Lola (a gata)”.
Coisa linda de se ver. Filho lindo que posso ver crescer.
Convicção aumenta a cada dia, quando vejo este botão se transformando em flor.
Amor cresce e transparece quando ganho abraços e beijos inesperados. Já são
dois, quase três. E que venham mais!!!
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